terça-feira, 22 de novembro de 2011

2011? Não foi o melhor, não foi o mais fácil, nem foi o mais perfeito. Foi o ano em que tanto me decepcionei, quebrei a cara, perdi pessoas que eu ainda pretendia ter, tive o coração despedaçado. Foi o ano em que tantas pessoas me magoaram, me feriram,partiram da minha vida. É, não foi nada fácil. Mas também foi o ano em que eu mais cresci, amadureci, aprendi. Foi o ano em que eu aprendi a lidar com as decepções com a cabeça erguida, e sorriso no rosto. Foi o ano em que eu aprendi a me levantar após cada queda, ignorar a dor e continuar seguindo em frente. Foi o ano em que eu aprendi quenão é em todo mundo que se pode confiar e que aqueles que você mais ajudou serão os primeiros a lhe virar as costas quando você precisar. Foi o ano em que aprendi que promessas não foram feitas para serem cumpridas, que eu te amos não foram feitos para serem verdadeiros e que amizades e amores não foram feitos para durar pra sempre. Aprendi que um dia tudo acaba, tudo tem um fim, e que esse fim pode vir a qualquer momento, e que por isso devemos aproveitar cada instante e viver cada segundo como se fosse o último. É, doeu, mas valeu. Cada risada, cada briga, cada lágrima, tudo valeu. Então, que venha 2012 e me traga toda a paz que 2011 me roubou.
Primavera, verão, outono ou inverno, passavam épocas, passavam estações, caim pingos de chuva, desciam pingos de lágrimas. E caíam com tanta força que chegava a doer, doer forte. Doer em seus olhos, doer em seu peito. E levavam as lembranças, levavam os momentos, mas deixava os piores sentimentos, deixavam as piores dores dores obrigando-a a suportar, aguentar sozinha e calada. E em meio aos seus desabafos, feitos em pápeis, pápeis que ela guardava para si, para que ninguém visse,para que ninguém lesse, sobrava-lhe apenas o vazio. Um vazio que ele deixou, e somente um outro alguém poderia preencher. Até que encostava sua cabeça sobre o travesseiro, e tentava dormir, mas não conseguia. Os pesadelos lhe atormentavam na escuridão. Então chorava, apenas chorava. E ao amanhecer tudo permanecia igual, as mesmas dores, os mesmos sentimentos, o mesmo vazio. Olhava-se no espelho e iniciava as sessões de ensaio. Ensaiava sorrisos, ensaiava olhares. Sorrisos que demonstrassem que ela estava bem, olhares que confirmassem. Colocava sua roupa de viver, ia atuar, e todos acreditavam.

Era tudo tao igual […] as mesmas pessoas, as mesmas dores, as mesmas angústias, as mesmas dúvidas, o mesmo vazioTudo tão monótono, faltava-lhe razão, sobrava emoção. Uma dor instigante, provocanteAo seu redor eram todos descartáveis,ela mesma era descartável. Usavam, abusam e deixavam de lado. Entravam em sua vida, bagunçavam, e partiam quando ela menos merecia, quando ela mais precisava.Uma dose de verdade, era disso que ela precisava. Uma dose de verdade nas palavras que ela ouvia. Uma dose de esperança também lhe faria bem. Esperança de que as cores voltassem a dar vida ao seu mundo que permanecia em preto e branco. Esperança de que o amanhã fosse capaz de aliviar. Esperança de que todo o vazio que habitava seu interior fosse preenchido. Perdia-se então a imaginar como seriam as coisas se ela tivesse agido diferente. Mas lamentar-se não fazia mais sentido, afinal, a vida não lhe daria a chance de tentar mais uma vez, nem traria de volta todos os que ela inevitavelmente havia perdido. Ela só queria ser feliz, mas ainda vai ser, pois ela merece, e muito.
“Uma dose de vodka, 2 de whisky, outras de smirnoffnão era mais o que ela bebia, […] bebia constantemente doses de amargura, ilusão, decepção. Doses que iam rasgando por dentro e caiam queimando em suas veias. Doses que foram a tranformando, a mudando aos poucos. Um dia fora doce, mas tão doce que acabou enjoando. Ela esteve certa a todo momento, exceto no instante em que colocou sentimentos, sentimentos onde não devia, por um alguém que não merecia. Resolveu então mudar, tornou-se fria, amarga, parou de demonstrar sentimentos, enxugou suas lágrimas, ensaiou sorrisos, colocou sua roupa de viver, e foi atuar. Foi demonstrar felicidade,foi fingir felicidade. Saiu caminhando sem rumo, sem fé, sem direção. Foi á procuda da felicidade, batendo de porta em porta, vasculhando de rua em rua, até conseguir encontrá-laOh, pobre garota, fingia tão bem que todos vinham a acreditar, mas ela ainda precisava de carinho, precisava de amor, precisava voltar a amar. Tão sensível, tão sozinha, tão magoada. Ela só quis ser feliz, e nem sequer foi compreendida.”

O adeus de uma apaixonada.


“Amor, se você estiver lendo esta carta é porque já é tarde demais, eu não estou mais aqui. Te amei todo esse tempo, mas você não notou. Não soube estar ao meu lado quando eu mais precisei de ajuda. Fui morrendo aos poucos, morrendo por dentro, e ninguém percebeu. Fui me afogando em ilusões, desistindo em ser feliz e não tive forças para lutar. E não importa pra onde agora eu for, levarei um pedaço de você comigo, mesmo sem a sua permissão. Morri na vontade do seu abraço, dos seus beijos, do seu carinho, do seu amor. Eu sempre fui sua e só você não soube. Fiquei esperando você vir me salvar, me livrar de toda a dor. Esperei você vir me dizer que eu era forte e que iria superar. Esperei e morri esperando. Doeu tanto. Eu quis estar ao teu lado para ter a chance de te fazer feliz. Implorei para que a vida me deixasse ficar mais um pouco, mas a morte foi cruel e quis me levar. Meu amor, meu único amor, eu morri em silêncio, sofrendo sozinha e calada. Mas não se esqueça: morri te amando. E me prometa que será feliz, prometa que nada  nem ninguém será capaz  de te ferir, prometa que vai encontrar alguém que te dê todo o amor que você merece, pois só assim eu poderei descansar em paz. Me perdoe por ter te amado tanto. Adeus”
Sim, ela estava doente e sabia que não havia mais cura. Ela estava destinada a morrer jovem e sem o gosto de ser amada, e essa é a morte mais cruel que se pode ter. Ela morreu. E após escrever esta carta ela se foi, mas foi apenas sua parte física, por que por dentro ela  já não existia a muito tempo. E ele? Ele se arrependeu por não ter provado antes que a amava, agora ele quem sofria, mas não adiantava mais, ela não estava mais lá para fazê-lo feliz.

Ei, garota, cuida bem daquilo que um dia já foi meu, mas que agora pertence a ti. Cuida com carinho. Não faça ele sofrer, não faça ele chorar. Continue motivando- o a sorrir todos os dias. A forma como ele sorri, é tão linda, não é mesmo? Um sorriso tão singelo, tão puro, tão veraz. Sabe, um dia eu já fui o motivo dele, mas agora este privilégio te pertence. Quando ele sentir-se só, abrace-o com jeitinho, beije-o com afeto, sussurre em seu ouvido que ele não está e que jamais estará. Se ele pensar em desistir, segure firme em sua mão e diga que não vai deixar,e não deixe. Dê o ombro para ele chorar, dê o colo para ele deitar, entrelace seus dedos em seus cabelos, olhe fundo em seus olhos e faça-o sentir-se único. Acorde-o as 3 da madrugada com mensagens noturnas dizendo que o ama e que sempre estará ao seu lado, isso o fará  sorrir e acredite, ele irá te responder dizendo que a ama e que nunca amou ninguém com tamanha intensidade. Se ele escolher dormir até mais tarde, não permita. Assim que raiar o dia, abra a janela, e deixe que o sol banhe a sua face e ilumine o seu olhar. Ele é lindo, não é mesmo? Aquele sorriso, aqueles olhos que até os anjos veneram, foram eles que fizeram com que eu me apaixonasse. Sim, perdi-me em seu olhar de tal forma a não mais me encontrar. Mas agora eles te pertencem, não é mesmo? Leve-o para passear, visitar lugares,conhecer pessoas, apenas não caia na rotina, ele gosta de novidades. Quando for beijá-lo, faça de tal forma que ele venha a sentir-se amado. Sussurre palavras de amor em seu ouvido, isso fará ele se arrepiar e logo em seguida ele irá te abraçar com uma vontade de nunca mais te soltar. E sim, garota, retribua, abrace-o forte, mas devagar, pois será o meu mundo que estará lá em seus braços. Sim, ele, o meu mundo, agora te pertence e eu te imploro, cuida bem, sempre, sem exceções. E em hipótese alguma pense em abandoná-lo, ele não é tão forte quanto aparenta. Ele não aguentaria passar pelo que eu passei. Acima de tudo, faça-o feliz, da forma que eu não pude fazer, só assim poderei descansar e seguir a minha vida em paz. Sim, eu ainda o amo, mas cedo a ti a chance de caminhar com ele rumo a felicidade, sem medo de errar. Sejam felizes, eu também vou tentar.


Ela o abraçou forte, ficaram em silêncio por um momento, enquanto lágrimas caíam dos seus olhos…
Ele: Minha pequena, o que houve? Por que choras assim?
Ela: Estava pensando no momento em que você resolve me deixar e partir, pra nunca mais voltar.
Ele: Ei, olhe pra mim, limpe estas lágrimas, isto nunca vai acontecer, eu prometo, eu te juro.
Ela: Como podes me prometer isto com tanta verdade no olhar? Todos os que me juraram estar sempre ao meu lado, que prometam nunca me abandonar, partiram, quando eu menos mereci, quando eu mais precisei. Por que com você haveria de ser diferente?
Ele: Sabe o ar?- segurando firme em suas mãos -Eu certamente morreria se fosse obrigado a viver sem ele. Sabe o chão? Eu certamente cairia em um buraco sem fim se não houvesse onde pisar. Sabe os sonhos? Sem eles eu não teria um real objetivo na vida, seria pior do que estar fatalmente morto. Sabe o coração? é ele que me mantém vivo a cada instante, a cada dia. Sabe você? Você é o meu ar, o meu chão, aquela que me faz ir além, lutar pelos meus sonhos e que inspira meu coração a bater. Se um dia te tirarem de mim, aí sim irei te deixar, pois não terei mais forças para continuar lutando, para continuar vivendo. E irei estar morto, morto por fora, morto por dentro. Eu quero somente a ti enquanto ar houver, enquanto vida eu tiver.
Ela calou-lhe então a boca com um beijo e abraçaram- se, mergulhando em sua sede de felicidade sem pressa pra voltar, sem medo de errar.
Estou jogando tudo fora. Reiniciando, refazendo. Destruindo lembranças, apagando memórias. Estou esvaziando minha mente, meus sentimentos, meu coração.Destruindo tudo aquilo que me faz mal, começando pelas pessoas. Resolvi largar mão de tudo o que me distrai, tudo o que não me convém. Não quero mais mágoas, mentiras, ilusões, decepções. Não quero mais falsas palavras, falta de ações.Não quero mais falsas pessoas. Se for me amar, demonstre. Se for me magoar, afaste-se. Se for para sair da minha vida, nem entre. Mas se quiser sair, vá, vá de uma vez, a porta estará aberta. Não irei mais ficar prendendo o que não está disposto a ficar, mas leve junto todos os sentimentos que me despertou. Queimarei todas as fotos, as cartas, os presentes. Queimarei até até mesmo as memórias, memórias de você, do que fomos, ou do que deixamos de serE nem pense em voltar. Trancarei as portas, as portas dos meus sentimentos, […] para ninguém mais entrar, para ninguém mais me magoar.”
Abandonada, sozinha, solitária, […] com um cigarro em uma das suas mãos e um lápis na outraA cada tragada, uma frase. Frases que ela transcrevia em seus papéis e que se transformavam em cartas inacabadas. Cartas que continham os seus sentimentos, dos mais simples, aos mais inetnsosCartas borradas com os pingos de lágrimas que ela deixava deslizar sobre a sua face. Cartas de dor, de amor, sem finais felizes, assim como os seus dias. Nada mais fazia sentido, nenhuma ação, nenhuma decisão. Vivia apenas por viver, ou melhorsobrevivia. E quando a noite caia, trancava-se entre as quatro paredes do quarto, deitava-se no canto mais frio e desabava a chorar. Chorar baixinho para ninguém perceber. Sentia pena de si mesma, afinal, não existe dor pior do que sentir-se morto e continuar vivendo. Após as sessões de desabafo às paredes, olhava-se em seu espelho e passava horas ensaiando, ensaiando sorrisos que demonstrassem que ela estava bem, mesmo não estando. E fingia tão bem, com tamanha perfeição que todos passavam a acreditar. Ao seu redor haviam apenas pessoas fúteis, vazias, inúteis, assim como as cinzas dos seus cigarros. E as boas lembranças, de boas pessoas reduziram-se a nada. Foram espalhando-se e perdendo-se no tempo, como as fumaças que ela soltava no ar. Ela havia mudado, a vida a obrigou a ser assim, e ela nem percebeu.” 

Ei rapaz, por quê mudastes? Essa sua frieza me espanta, o seu jeito amargo me assusta. A sua mudança me amedronta. Sinto falta do que você era, e não me agrado do que se tornou. Cadê aquele carinho, aquela paz no olhar, aquele jeito meigo de serCadê aquele anjo por quem eu me encantei? Cada aquele garoto que tinha sentimentos, que se preocupava, que se importava? Lembro-me de quando conversávamos. E eu não necessitava de mais nada, de mais ninguém, só você meu rapaz, já me bastava, já me satisfaziaEu encontrava em ti tudo o que necessitava para ser feliz.[…] Eras o dono da minha razão e do meu coração. Mas tudo se apagou. Palavras doces perderam o seu sabor. Promessas coloridas perderam a sua cor. E o destino que havia sido traçado pra mim, que havia sido traçado para nós tomou outra direção, seguiu outro rumoUm rumo incerto, e vazio. Ainda lembro-me das boas risadas, das palavras que tinham o poder de curar e mudar o meu dia, dos sentimentos que você, meu belo rapaz,me despertava, mas o tempo passou e o vento apagou tudo de bom que havíamos passado. Restou então a sensação de solidão, de abandono, de desprezo que você me despertou. Usou, abusou e severamente me trocou, sem ao menos apresentar-me um motivo, uma razão. Depois de tudo o que lhe dei, depois do quanto que me entreguei. Por que fostes tão cruel? Explique-me ao menos o mal que lhe fiz, para que eu possa mudar, tentar consertar. Mas não irei prender-lhe aqui, se quiser ir, vá. Se não foi feliz aqui, vá ser em outro lugar, desejos sinceramente que consiga. Saibas que eu te amei todo este tempo, a cada instante, a cada segundo, e que continuarei te amando, meu anjo.”
“Em meio a tragadas de cigarros, doses de álcool e cartas inacabadas, ela vivia […] ou apenas sobrevivia. Sem cor, sem doce, sem ar. A nostalgia habitando em seus pensamentos, a melancolia persistindo em morar em seus olhos, a falsidade permanecendo em seus sorrisos. Tantos sentimentos, que ela não queria sentir, que não conseguia entender, que não conseguia explicar. Ah, pobre garota,[…] sabia fingir tão bem, que todos vinham a acreditar. Acreditar que ela estava bem, que não precisava de ajuda, não precisa de abraços, beijos, carinho. Até que encontrava-se sozinha, aliás,estava sempre só, ou era ao menos assim que se sentia. Mesmo acompanhada, era como se não houvesse ninguémEle não estava lá. Nunca esteve de fato, apenas fingiu estar, e se foi. Entrou em sua vida, bagunçou, e partiu, como se ela fosse de ferro, como se seu coração fosse de ferro. Agora a porta permanece trancada, para ele nunca mais voltar, para ela não mais se decepcionar. Ela quis apenas ser feliz, e sabe que vai ser, pois sim, ela merece.“ 

sexta-feira, 4 de novembro de 2011



Andei pensando, andei pensando na vida,[…] andei pensando em você. Andei lembrando da época em que as coisas faziam sentidos, em que as cores clareavam os meus diasHoje enxergo tudo em preto e branco. Agora a nostalgia habita em meus pensamentos, a melancolia persiste em morar em meus olhos, a falsidade permanece vivendo em meus sorrisos. São tantos sentimentos, muitos que eu não deveria sentir, que eu não queria sentir, que nem sei explicar. Sentimentos que não cabem mais dentro de mim e transbordam pelos meus olhos em formato de lágrimas. Muitos julgando, poucos entendendo, mas apenas a mim cabendo o dever de viver. O tempo passa, e eu vou ficando, permanecendo no mesmo lugar em meio aos tragos de cigarro, as doses de álcool que caem quente em minhas veias e vão destruindo o meu ser. Andei, andei, e não cheguei a lugar algum.Fui em busca da felicidade, e nem sequer a encontrei. Mesmo fugindo, acabei por me afogar. Afogar nas lembranças, lembranças de nós dois, lembranças do que fomos, lembranças do que deixamos de ser, lembranças do que poderíamos ter sido, e não fomos. Dizem que não se pode morrer por amor, mas quem o disse talvez jamais realmente tenha amado. Pois o amor mata, mata aos poucos,mata por dentro. E não há morte pior do que do que esta: permanecer vivo por fora, mas totalmente desolado em seu interiorVem pra mim, só mais uma vez.Vem tentar ser feliz, vem me deixar fazer-te bem, prometo que não vou te decepcionar. Vem, volta pra mim, meu amor, meu anjo, meu bem maior. Quero guardar-te em meus braços, dar-te meu colo para que possas deitar, dar-te meu ombro para que possas chorar, quero ser seu porto seguro, a dona da sua confiança, a dona dos seus sentimentos, a dona do seu coração. Quero sussurrar baixinho em seu ouvido que não está só e que jamais estará, quero sentir o seu cheiro, provar o teu gosto. Venha, sem pressa, mas sem demora, não sei até quando poderei esperar. Uma semana? Um mês? Uns dias talvez? Não sei dizer ao certo. Mas irei esperar, o tempo que for preciso, o tempo que for necessário, pois eu sei que é aqui onde está a sua felicidade, e estou esperando o momento certo para lhe entregar.