terça-feira, 22 de novembro de 2011

O adeus de uma apaixonada.


“Amor, se você estiver lendo esta carta é porque já é tarde demais, eu não estou mais aqui. Te amei todo esse tempo, mas você não notou. Não soube estar ao meu lado quando eu mais precisei de ajuda. Fui morrendo aos poucos, morrendo por dentro, e ninguém percebeu. Fui me afogando em ilusões, desistindo em ser feliz e não tive forças para lutar. E não importa pra onde agora eu for, levarei um pedaço de você comigo, mesmo sem a sua permissão. Morri na vontade do seu abraço, dos seus beijos, do seu carinho, do seu amor. Eu sempre fui sua e só você não soube. Fiquei esperando você vir me salvar, me livrar de toda a dor. Esperei você vir me dizer que eu era forte e que iria superar. Esperei e morri esperando. Doeu tanto. Eu quis estar ao teu lado para ter a chance de te fazer feliz. Implorei para que a vida me deixasse ficar mais um pouco, mas a morte foi cruel e quis me levar. Meu amor, meu único amor, eu morri em silêncio, sofrendo sozinha e calada. Mas não se esqueça: morri te amando. E me prometa que será feliz, prometa que nada  nem ninguém será capaz  de te ferir, prometa que vai encontrar alguém que te dê todo o amor que você merece, pois só assim eu poderei descansar em paz. Me perdoe por ter te amado tanto. Adeus”
Sim, ela estava doente e sabia que não havia mais cura. Ela estava destinada a morrer jovem e sem o gosto de ser amada, e essa é a morte mais cruel que se pode ter. Ela morreu. E após escrever esta carta ela se foi, mas foi apenas sua parte física, por que por dentro ela  já não existia a muito tempo. E ele? Ele se arrependeu por não ter provado antes que a amava, agora ele quem sofria, mas não adiantava mais, ela não estava mais lá para fazê-lo feliz.

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